Pericardite | Dica do Coração

Pericardite - Dr. Paulo Sadala | Revista Correr

Pericardite

Pericardite | Dr. Paulo Sadala

Pericardite é um processo inflamatório que afeta a membrana que recobre e protege o coração. A doença pode ser aguda ou crônica. A forma aguda, em geral, é de instalação súbita e se estende por volta de uma a três semanas. Não raro, depois do primeiro episódio de pericardite aguda, seguido por um período de remissão completa durante quatro ou seis semanas, as crises podem repetir-se de tempos em tempos, o que caracteriza a pericardite aguda recorrente.

Na forma crônica, o processo inflamatório se desenvolve aos poucos e evolui por longos períodos. Muitas vezes, o quadro permanece assintomático até que surge um acúmulo de líquido no espaço pericárdico ou um espessamento dessa parede, provocado pela formação de tecido fibroso endurecido (cicatrizes) em torno do coração, que tem o seu tamanho reduzido e as funções comprometidas.

São muitos os casos em que se torna difícil descobrir a causa da pericardite que passa a ser classificada como idiopática, ou seja, sem motivo aparente. O fato é que aproximadamente 90% das pericardites agudas primárias são idiopáticas e têm quadro clínico semelhante ao de outros episódios virais, cujo agente infeccioso não foi ainda testado.

O principal sintoma da pericardite aguda é uma dor em pontada, repentina e forte, bem no meio do peito, que varia de intensidade com a mudança de posição: aumenta quando a pessoa deita e diminui, quando sentada, inclina o corpo para frente. Tossir, engolir e respirar fundo podem agravar a intensidade da dor própria da pericardite aguda, que nas crianças acomete mais o abdômen.

Na pericardite crônica, geralmente uma evolução da pericardite aguda, a dor no centro do peito, que irradia para as costas, pescoço e ombro esquerdo, aumenta quando a pessoa respira fundo. No entanto, dependendo do tipo e da gravidade do quadro, ela pode vir acompanhada de outros sintomas. Por exemplo: tosse seca, dispneia (falta de ar), sensação de fraqueza e cansaço, febre baixa, palpitações, inchaço abdominal, nas pernas e nos pés.

O tratamento das pericardites varia de acordo com as características e gravidade da doença. Nos quadros virais leves ou idiopáticos, em geral, o tratamento é sintomático com analgésicos, antitérmicos, anti-inflamatórios ou medicação antifúngica. Quando a resposta a esse esquema terapêutico não é satisfatória, a indicação de corticosteroides pode ser benéfica para alívio dos sintomas e controle da inflamação. Nessa fase, se não pertencer aos grupos de risco, o paciente pode permanecer em casa, desde que em repouso. A prática de exercícios físicos extenuantes é desaconselhada enquanto durar o processo inflamatório. Antibióticos ficam reservados para os episódios de infecção bacteriana. Os diuréticos ajudam a diminuir o líquido acumulado em torno do coração.

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Dr Paulo Sadala - Caridologista | Revista Correr

Dr. Paulo César Sadala Ferreira

  • Título de especialista em terapia intensiva (AMIB)e cardiologia (SBC)
  • Médico pós graduado em neurointemsivismo
  • Médico pós graduado em nutrição, longevidade e antienvelhecimento Médico chefe do serviço de Clinica da médica da Santa cada de RP
  • Médico assistente do serviço de terapia intensiva e cardiologia da Santa Casa RP
  • Médico coordenador da disciplina de cardiologia da faculdade de medicina UNISEB (Estácio de Sá)
  • Medico coordenador da disciplina de terapia intensiva da faculdade de medicina UNISEB
  • Médico assistente da disciplina de clínica médica da Faculdade de Medicina Barão de Mauá

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