Dissecação Aguda de Aorta

Dissecação Aguda de Aorta - Dr. Paulo Sadala | Revista Correr

Dissecação Aguda de Aorta

Dissecação Aguda de Aorta

Dissecação Aguda de Aorta é uma condição médica potencialmente fatal, que ocorre quando a camada interna a “íntima”, sofre um dano causando a separação da camada “média. O sangue vai fluir entre as camadas criando um canal que separa as camadas, chamado de dissecção. Você pode ouvir seu médico falar de falso lumem, implicando o que o sangue não deveria estar passando por ali, enquanto que o lumem verdadeiro, onde as camadas não foram danificadas é onde o sangue deveria passar.

A diminuição do fluxo sanguíneo para a aorta dissecada pode levar a danos nos órgãos, ou, devido à fragilidade da parede, pode romper a última camada que é a “adventícia”, a rotura que pode ser fatal.

A dissecção de aorta normalmente ocorre na parte torácica da aorta e pode envolver tanto aorta ascendente quanto a descendente, ou ambas. As dissecções podem ocorrer também na aorta abdominal e outras artérias do corpo, mas é menos frequente.

Existem duas diferentes classificações que são usadas pelos médicos para descrever a localização e a extensão da dissecção de aorta. A classificação de Stanford refere as dissecções tipo A ou tipo B. Tipo A significa que a dissecção envolve aorta ascendente e tipo B significa que envolve a descendente ou a aorta abdominal, sem afetar aorta descendente.

A classificação de Debakey distingue entre a dissecção tipo I, tipo II, tipo III. A tipo I envolve toda a aorta, a tipo II envolve a aorta ascendente somente; e a tipo III envolve a aorta ascendente e o arco aórtico. A dissecção aguda tipo A que envolve a aorta ascendente é uma emergência cirúrgica. É frequentemente fatal se não for detectada rápida, com uma taxa de mortalidade de 1 a 2% por hora no primeiro dia e até 50% nas primeiras 48 horas, se não for tratada. A dissecção aguda tipo B, que envolve somente a aorta descendente não é tão grave quanto à tipo A, mas a sua mortalidade também é muito alta, em torno de 10% no primeiro mês e, por isso, o tratamento médico rápido é crítico em ambos tipos de dissecção.

Muitas pessoas não estão familiarizadas com a dissecção aórtica, porque ela é relativamente incomum, mas é importante estarmos conscientes das complicações e do desfecho que é fatal para irmos atrás do tratamento mais rápido possível. A sobrevivência é muito melhor se a dissecção for diagnosticada cedo e tratada com o tratamento clínico e cirúrgico que for necessário.

Entre 60 e 80 anos. Os fatores de riscos mais importantes da dissecção são a hipertensão arterial (pressão alta descontrolada) e a aterosclerose, que é o endurecimento da parede das artérias.

A maior parte dos pacientes com dissecção de aorta apresenta dor torácica súbita e muito intensa em pontada ou em rasgada, particularmente nas dissecções envolvendo aorta ascendente tipo A. Nas dissecções de aorta descendente tipo B a dor pode ser um pouco mais atrás no tórax ou no abdômen, em ambos os tipos de dor ela é muito intensa e frequentemente descrita como a pior dor que o paciente já sentiu.

Outros sintomas causados pela diminuição do fluxo sanguíneo para os órgãos do corpo incluem o desmaio, náusea, vômito, sudorese, falta de ar ou dor nas pernas. O descontrole da pressão arterial também é muito frequente. A dissecção de aorta também pode causar um ataque cardíaco, uma falha do aguda do coração ou mesmo um acidente isquêmico do cérebro (AVC) por falta de fluxo sanguíneo no coração ou no cérebro. Infelizmente, o diagnóstico da dissecção de aorta pode ser atrasado em alguns casos que não tenha os sintomas típicos ou uma dor muito forte no peito.

Outros sinais de dissecção de aorta em incluem: sopro cardíaco, pulsos fracos nos pés e punhos e uma diferença grande de pressão arterial nos membros superiores direito e esquerdo.

A dissecção tipo A ou da aorta ascendente, é considerada emergência cirúrgica, porque o paciente possui uma mortalidade muito alta, de 1% a 2 % por hora desde o início dos sintomas. Cirurgia aberta para a dissecção tipo A, normalmente envolve a troca dessa parte da aorta com uma prótese (tubo sintético). A mortalidade da cirurgia para o reparo da dissecção tipo A é alta, mas sem a cirurgia a mortalidade é maior ainda. Algumas vezes a válvula aórtica também precisa ser corrigida ou trocada.

A dissecção tipo B ou dissecção da aorta descendente é muito frequentemente tratada com medicamentos e observação, às vezes sem necessidade de cirurgia imediata. Pacientes são monitorizados bem de perto em uma unidade de terapia intensiva UTI e o tratamento médico consiste em um controle muito rígido da frequência cardíaca e da pressão arterial com medicamentos administrados dentro da veia. Os medicamentos incluem: beta bloqueadores, nitroprussiato, além de outras medicações para controle de dor.

Se uma dissecção aórtica tipo B descendente está complicada com a redução do fluxo sanguíneo para algum órgão vital, como um rim, perna ou fígado a cirurgia pode ser necessária. O tratamento endovascular com a colocação de um Stent é um procedimento menos invasivo onde uma endoprótese é colocada na aorta através de uma artéria da virilha.

Em casos raros, a dissecção tipo B pode causar aumento da aorta, formando um aneurisma que tem risco de ruptura. Nesses casos uma endoprótese endovascular também pode ser uma medida salvadora.

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Dr Paulo Sadala - Caridologista | Revista Correr

Dr. Paulo César Sadala Ferreira

  • Título de especialista em terapia intensiva (AMIB)e cardiologia (SBC)
  • Médico pós graduado em neurointemsivismo
  • Médico pós graduado em nutrição, longevidade e antienvelhecimento Médico chefe do serviço de Clinica da médica da Santa cada de RP
  • Médico assistente do serviço de terapia intensiva e cardiologia da Santa Casa RP
  • Médico coordenador da disciplina de cardiologia da faculdade de medicina UNISEB (Estácio de Sá)
  • Medico coordenador da disciplina de terapia intensiva da faculdade de medicina UNISEB
  • Médico assistente da disciplina de clínica médica da Faculdade de Medicina Barão de Mauá

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