CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA
Cardiomiopatia hipertrófica – em tempos de copa do mundo segue um texto sobre cardiomiopatia hipertrófica, principal causa de morte em atletas
Cardiomiopatia hipertrófica é composta por um conjunto de distúrbios cardíacos em que as paredes dos ventrículos se tornam espessas (hipertrofia) e rígidas. A maioria dos casos de cardiomiopatia hipertrófica são causados por um defeito genético hereditário. Alguns dos sintomas sentidos incluem desmaio, dor torácica, falta de ar e sensação de batimentos cardíacos irregulares.
Os médicos usam os resultados de exames físicos para obter um diagnóstico, mas o confirmam somente após um ecocardiograma ou exame de imagem por ressonância magnética. Também são administrados medicamentos que reduzem a força das contrações cardíacas. A cardiomiopatia hipertrófica é uma causa comum de morte súbita em jovens atletas
SINTOMAS
Os sintomas variam muito, mas, quando ocorrem, geralmente se desenvolvem em pessoas com idades de 20 a 40 anos. Os primeiros sintomas que aparecem durante o esforço são desmaio (síncope), dor torácica, falta de ar e sensação de batimentos cardíacos irregulares (palpitações). Os desmaios geralmente ocorrem sem nenhum sinal de aviso. Desmaio ou mesmo morte súbita podem ser o primeiro sinal de que a pessoa tem essa doença.
A ecocardiografia é a melhor maneira de confirmar um diagnóstico, mas a imagem por ressonância magnética (RM) também pode ser usada para obtenção de mais detalhes. O cateterismo cardíaco, uma técnica invasiva, é realizado para medir as pressões dentro das câmaras do coração somente se estiver sendo considerada cirurgia.
Como a cardiomiopatia hipertrófica é causada por uma mutação genética, um teste genético também pode ser feito.
Cerca de 1 a 3% dos adultos com cardiomiopatia hipertrófica morrem a cada ano. Crianças com cardiomiopatia hipertrófica são mais propensas a morrerem. Outros fatores de alto risco incluem a gravidade do espessamento do músculo cardíaco, a ocorrência de ritmos ventriculares rápidos, esforço físico excessivo e repentino e o não cumprimento das recomendações médicas. Em geral, a morte acontece de forma repentina, presumivelmente em decorrência de um ritmo cardíaco anormal. A morte decorrente de insuficiência cardíaca crônica é menos frequente. Pessoas que sabem que possuem essa doença hereditária podem desejar obter um aconselhamento genético ao planejarem uma família, pois há 50% de chances de passarem a doença para seus filhos. Parentes de pessoas que possuem essa doença hereditária podem querer fazer um teste genético.
TRATAMENTO
O tratamento da cardiomiopatia hipertrófica centra-se particularmente na redução da resistência que o coração apresenta à entrada de sangue entre os batimentos. Betabloqueadores e o bloqueador dos canais de cálcio verapamil – tomados em conjunto ou separadamente – são o principal tratamento. Ambos os medicamentos diminuem o grau em que o músculo cardíaco se contrai, fazendo com que o coração se contraia com menos força. Como resultado, o coração consegue se encher melhor e, caso o músculo espesso estivesse bloqueando o fluxo sanguíneo, o sangue pode sair do coração mais facilmente. Além disso, betabloqueadores e verapamil reduzem a frequência cardíaca e, assim, o coração tem mais tempo para se encher. Às vezes, também se utiliza disopiramida, um medicamento que diminui a força das contrações cardíacas.
A cirurgia para extrair parte do músculo cardíaco espesso (miectomia) pode aumentar o fluxo de sangue que sai do coração, mas a cirurgia é realizada somente quando os sintomas são incapacitantes, mesmo após tratamento medicamentoso. A miectomia melhora os sintomas, mas não reduz o risco de morte. A ablação alcoólica (procedimento invasivo em que uma área pequena do músculo cardíaco é destruída) é um tratamento cada vez mais utilizado para melhorar o fluxo sanguíneo do coração, pois pode ser realizado através de cateterismo cardíaco. Apesar de o cateterismo cardíaco ser um procedimento invasivo em que um cateter é introduzido no coração, ele é mais seguro que uma cirurgia. No entanto, quando a miectomia é realizada em hospitais com ampla experiência nesse procedimento, os resultados de longo prazo são excelentes.
Em um subgrupo de pessoas com cardiomiopatia hipertrófica, há um alto risco de morte súbita naqueles com espessamento grave do miocárdio, especialmente na parede que separa as câmaras do coração umas das outras (septo cardíaco). Nessas pessoas, o médico pode recomendar o implante do cardioversor desfibrilador.
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Dr. Paulo César Sadala Ferreira
- Título de especialista em terapia intensiva (AMIB)e cardiologia (SBC)
- Médico pós graduado em neurointemsivismo
- Médico pós graduado em nutrição, longevidade e antienvelhecimento Médico chefe do serviço de Clinica da médica da Santa cada de RP
- Médico assistente do serviço de terapia intensiva e cardiologia da Santa Casa RP
- Médico coordenador da disciplina de cardiologia da faculdade de medicina UNISEB (Estácio de Sá)
- Medico coordenador da disciplina de terapia intensiva da faculdade de medicina UNISEB
- Médico assistente da disciplina de clínica médica da Faculdade de Medicina Barão de Mauá
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